Para trás ficava o ar de seus pulmões. Cada vez que expirava deixava pra trás aquele ar passado, insuficiente agora. Cada vez que inspirava, precisava de ar novo. Porque as lágrimas pediam. O soluçar exigia ar novo. O choro não era de tristeza. Era de renovação.
Fechou os olhos para sentir a força do ar novo em seu rosto. E o ar que passava segurava seu cabelo, sua roupa, seu corpo. O vento tentou segurá-la. Mas ela ia consistente, convicta do seu caminho.
Riscou-se no ar. Pontuou-se no tempo. Continuou decidida. Nada a faria voltar atrás.
Até que o chão a parou...
Parou somente o seu corpo. Parte dela - mas não ela - ficou retida no chão.
rascunhado por
Ishikawa
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