...rascunhos...

...na lata do lixo





As cores eram mais intensas. A perspectiva era diferente. Não como se é naturalmente. Eu caminhava pelo tempo, como se caminha numa superfície. Mas o tempo não era o mesmo que eu desejava.
Logo à minha frente surgiu uma imagem, uma tela sem superfície, onde um homem chamava insistentemente:
- Anna... Anna... É você?... A imagem não está boa. Anna...
- Não. Quem é você? Como você conseguiu fazer isso?
- Sou o pai dela. Você pode me dizer onde ela está?
- Eu não sei. Ela pode estar em qualquer lugar. Tudo depende da frequência de suas ondas cerebrais, no momento em que foi sugada pelo vórtice. Como você fez isso? Como me encontrou aqui?
- Eu preciso encontrá-la. Traga-a de volta! Por favor!
- Desculpe. Não posso. Não sei.
De fato, não sabia como encontrá-la. E mesmo se soubesse, não saberia como voltar.
-Você está morrendo? - E no instante em que tocou a tela, pude ver o rastro de sangue que seu dedo deixava.
- Não. O seu mundo é que está.
Nuvens de sangue o envolviam pelo pescoço. E o encobriram antes que pudesse me despedir.




3 rabiscos:

Dreams...

epifania ... talvez

Quem sabe tela branca, pincel e tintas me mostrem essa história?

beijos